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Repentinamente letra


Repente repentino, sou assim desde menino
Não vim pra me curvar
Vou nesse baque de cadência dissonante
E faço seu alto falante balançar
Repente repentino, é nesse ritmo que eu rimo
E não falo por falar
Sou persistente e discreto feito capim no concreto
E ninguém vai me derrubar

Eu cheguei de repente e trago muito axé
Daqui ninguém me tira, eu não arredo um pé
Eu sigo sempre em frente haja o que houver
Cantando contra a corrente, rimando contra a maré

Tecendo o estandarte da contradição
Pra toda regra sempre há uma exceção
Enquanto o baque pulsa no meu coração
Eu sigo batucando pela contramão

Não vim pra resgatar, porque eu não sou bombeiro
O baque é verdadeiro, só precisa respeitar
Tem que saber chegar, trabalho não é folguedo
Cultura não é brinquedo pra quem quer só explorar

Tem que plantar para colher, regar para fortalecer
E cultivar pra ter bons frutos
Tem que fazer por merecer, e não se deixar abater
Recomeçar se perder tudo

Tem que ter mandinga pra gingar
E versatilidade pra versar
Quando a balança da injustiça pesa pro meu lado
Não fico parado sem lutar
Não adianta agir de má-fé
Que eu tô no jogo haja o que houver
E se eu colho e não vejo a colheita na minha colher
Eu vou à luta de cabeça em pé

Não reproduzo hipocrisia, eu quero autonomia
Identidade cultural se constrói, não se copia
Tem que inventar, não só imitar
Tem que tomar a linha de frente, consciente, independente
Quem só segue o referente, infelizmente
Está fadado a ficar pra trás, e eu quero muito mais
Por isso eu vou de

De repente, esse repente tá na mente a girar
E repentinamente faz você balançar
Nesse ninho de serpente a gente aprende a gingar
Minha rima tá no dente, pronta pra disparar

Vem batuqueiro, bate o bombo, faz o baque virar
Batuqueiro faz o baque virar
Batuqueiro bate o bombo, faz o baque virar
Batuqueiro faz o baque virar

Toca a caixa e o pandeiro que eu vou embolar ligeiro
Batuqueiro faz o baque virar
Toca a caixa e o pandeiro que o baque bate certeiro
Batuqueiro faz o baque virar

Que o quilombola que se embola na embolada do embu
Sente o balanço do baque que vem da zona sul
Esse verso de repente não é de caruaru
Mas tem côco temperado com castanha e caju

Então vamos fazer quizumba que zumbi se faz presente
Mais forte do que nunca, só quem é guerreiro sente
O chicote machuca, mas não aprisiona a mente
Eu trago axé na luta, não sou subserviente

E faço a correria, na humilde, sem receio
Comendo pelas beiradas, mas em busca do recheio
Só luto pelo meu, não invejo o que é alheio
Andando pela margem, eu observo o meio

E já comi muita poeira nessas minhas andanças
Mas faço de cada queda um passo da minha dança
Enfrento a correnteza com toda a perseverança
Mantendo sempre acesa a chama da esperança

Não trago prepotência ou autocomiseração
Sigo no sapatinho em busca de solução
Pois sei que é o amargo suor que fertiliza o progresso
E faz brotar do sofrimento um doce verso de

Vem do norte o baque que bate forte
E faz você se balançar (de repente)
Dá o bote, deixa em estado de choque
E quando menos esperar (tá na mente)

Vem do norte o baque que bate forte
E faz você se balançar (de repente)
Dá o bote, deixa em estado de choque
E quando menos esperar (tá na mente)

Repente
Na mente
Repente
Na mente

Sente o baque de repente
Sente de repente o baque
Tem muito de onde veio
E isso é só amostra grátis

Repente
Na mente

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